quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Identidade social e Gritos de Guerra
           
O trabalho com identidades também é um conteúdo das aulas de História. As diversas sociedades que estudamos, passaram por processos de afirmação e legitimação de suas identidades. Pode-se dizer que essa característica é típica do ser humano. O sentimento de pertença pode utilizar diversas estratégias para ser alcançado, como, por exemplo, por meio de roupas, gestos, comportamento, gostos, etc. Utilizando-se dessa ótica, a Música também se relaciona com identidade social, sendo ela, por muitas vezes, uma expressão das vontades e gostos de um determinado grupo. Assim, o enquadramento dos indivíduos em categorias pré-determinadas, juntamente com traços do pensamento individual do indivíduo, advindo de sua cultura, podem compor a sua identidade social ou uma variedade de identidades que se apresentam de maneira estruturada e habitual.
            A sala de aula, sem dúvida, é um espaço de convivência com variadas identidades sociais. Ilustrar este processo nos conteúdos de História que utilizem recursos da Música como apoio pode tornar a atividade mais atrativa para o aluno. A atividade proposta pretende partir da visualização da identidade social de uma cultura contemporânea, dificilmente aprendida na escola, trabalhar uma das expressões de identidade social – o grito de guerra. O modelo escolhido para ilustrar, protagoniza um dos atos mais famosos do mundo do esporte, o grito de guerra da seleção de rugby da Nova Zelândia[1].
Conhecida como ‘haka’, a dança oriunda dos maoris, povo que ocupava as ilhas da Nova Zelândia quando os ingleses chegaram, é uma expressão de paixão, vigor e identidade. A dança pode ser tanto uma expressão de boas vindas, quanto um alerta aos inimigos. Além da expressão corporal de orgulho, percussões corporais são utilizadas para acompanhar o alto cântico, que muitas vezes descreve história e valorização dos ancestrais de forma poética.   



[1] Conhecida popularmente como ‘all blacks’, em português ‘tudo preto’, alusão a cor do uniforme que a seleção adotou. 

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