Identidade social e
Gritos de Guerra
O trabalho com
identidades também é um conteúdo das aulas de História. As diversas sociedades
que estudamos, passaram por processos de afirmação e legitimação de suas
identidades. Pode-se dizer que essa característica é típica do ser humano. O
sentimento de pertença pode utilizar diversas estratégias para ser alcançado,
como, por exemplo, por meio de roupas, gestos, comportamento, gostos, etc.
Utilizando-se dessa ótica, a Música também se relaciona com identidade social,
sendo ela, por muitas vezes, uma expressão das vontades e gostos de um
determinado grupo. Assim, o enquadramento dos indivíduos em categorias
pré-determinadas, juntamente com traços do pensamento individual do indivíduo,
advindo de sua cultura, podem compor a sua identidade social ou uma variedade
de identidades que se apresentam de maneira estruturada e habitual.
A
sala de aula, sem dúvida, é um espaço de convivência com variadas identidades
sociais. Ilustrar este processo nos conteúdos de História que utilizem recursos
da Música como apoio pode tornar a atividade mais atrativa para o aluno. A
atividade proposta pretende partir da visualização da identidade social de uma
cultura contemporânea, dificilmente aprendida na escola, trabalhar uma das
expressões de identidade social – o grito de guerra. O modelo escolhido para
ilustrar, protagoniza um dos atos mais famosos do mundo do esporte, o grito de
guerra da seleção de rugby da Nova Zelândia[1].
Conhecida como ‘haka’,
a dança oriunda dos maoris, povo que ocupava as ilhas da Nova Zelândia quando
os ingleses chegaram, é uma expressão de paixão, vigor e identidade. A dança
pode ser tanto uma expressão de boas vindas, quanto um alerta aos inimigos.
Além da expressão corporal de orgulho, percussões corporais são utilizadas para
acompanhar o alto cântico, que muitas vezes descreve história e valorização dos
ancestrais de forma poética.
[1] Conhecida popularmente como ‘all
blacks’, em português ‘tudo preto’, alusão a cor do uniforme que a seleção
adotou.
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